Excuse me. Mr. Hunt? Would you like to watch a movie?

 

Pelo meu texto anterior dá para perceber quão importante é o cinema na minha vida. Consigo lembrar de alguma época específica e a relacionar com algum filme. Missão: Impossível, do Brian de Palma, foi lançado em 1996. Eu tinha nove anos e acho que o assisti bem nessa época. A cena do Tom Cruise (Ethan Hunt) segurando uma gota de suor ficou grudada na minha mente. 

Eu amo o Tom Cruise, acho um ator incrível e gosto de pensar que ele não faz parte daquela pataquada de cientologia, nem que ele é pertubardo e etc. Cresci vendo os filmes dele e vários estão na minha lista de favoritos, incluindo De olhos bem fechados e Entrevista com o vampiro.

Com o anúncio do novo Missão: Impossível, aproveitei para rever os três primeiros e assistir os demais, que eu estava em falta. Inclusive, recentemente encontrei em sebos os quatro primeiros DVDs e sou uma pessoa mais feliz por isso.

Pensei em fazer um ranking bem rápido aqui da série e breves comentários. Vamos lá. 

Missão: Impossível (1996, dir. Brian de Palma)

O melhor, né? A cena que abre esse post já resume bem o que é esse filme. Além do que citei no começo, esse é um belíssimo filme de espionagem. Não tem tanto de ação que veio nos filmes seguintes, mas é incrível do começo ao fim. 

Missão: Impossível - Nação Secreta (2015, dir. Christopher McQuarrie)

Se não formos considerar o meu amor pelo primeiro, esse aqui é o melhor. É o primeiro com a maravilhosa Rebecca Ferguson no papel de Ilsa Faust. Uma coisa me incomoda bastante: a forma como ela é filmada, com closes na bunda, muito sexualizada. Mas é isso, não dá para esperar coisa diferente de filme estadunidense dirigido por homem. 

O que o torna meu preferido? A cena do Tom Cruise debaixo da água tentando trocar um cartão e sendo arrastado por uma correnteza, e perdendo a consciência. Poetic cinema em sua essência! 

Missão: Impossível - Acerto de Contas - Parte Um (2015, dir. Christopher McQuarrie)

Toda a maratona rolou para poder assistir a esse aqui no cinema. Eu e meu amigo escolhemos uma sessão ao meio dia, vazia e num lugar privilegiado. Cinco estrelas, quase tão bom quanto o Nação Secreta. A cena do trem é quase tão perfeita quanto a da água. E uma coisa muito bacana, quase ninguém no elenco é jovem. As mulheres são todas adultas e com idades compatíveis a do galã. 

O diferencial está no vilão (que não vou dizer qual é, obviamente) e na história pessoal do Ethan Hunt, de acontecimentos de antes do primeiro filme. Sigo ansiosa pela segunda parte. 

Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (2011, dir. Brad Bird)

Nesse aqui rola um bombardeio no Kremlin e a culpa recai sobre Ethan Hunt. Ele e sua equipe precisam dar um jeito nas coisas, sem apoio do governo. A cena dele escalando um prédio alto de vidro em Dubai é uma coisa incrível. E ah, tem o Michael Nyqvist como meu segundo vilão preferido da série. 

Missão: Impossível 2 (2000, dir. John Woo)

O filme mais cafona da franquia! As cenas de romance com a Thandiwe Newton são vergonhosas demais e o climinha de amor não acrescenta nada. Porém, Tom Cruise vestido de couro, numa moto, saindo do fogo!  Como não amar isso? E ah, a trilha sonora era do Metallica, com clip do filme rodando na MTV direto. Também tem música do Limp Bizkit, banda que aprendi a apreciar depois de velha. 

Missão: Impossível - Efeito Fallout (2018, dir. Christopher McQuarrie)

É legal, mas falta alguma coisa. Tem a Vanessa Kirby incrível como The White Widow, tem o Sean Harris como Solomon Lane, um vilão espetacular, mas não é o suficiente. As cenas de ação são boas, mas nada muito memorável. Mesmo assim, esse longa ainda merece 3,5 estrelas. 

Missão: Impossível 3 (2006, dir. J.J. Abrams)

Li um comentário no Letterboxd que concordo plenamente: Esse é o melhor vilão, no pior filme. Philip Seymour Hoffman foi um dos maiores atores da história, então é sempre bom vê-lo. Ele está impecável, mas a trama não ajuda muito. Aqui o Ethan Hunt está prestes a se casar com uma mulher "normal" e começa a perceber que ela sempre estará em perigo. Chato demais. Um dos motivos de Fallout ser chatinho é que tem essa retomada do casamento. 

Ver essas franquias é algo que me diverte muito, faz o tempo passar e esqueço dos problemas. Uni essa maratona à releitura de Crepúsculo (sim, o livro dos vampiros que brilham no sol) e meu cérebro ficou lisinho. Amo meus filmes de arte, amo meus filmes de brucutu e amo Tom Cruise pulando de trens e prédios.