Shiny, shiny, shiny boots of leather

Fanny Pistor e Leopold von Sacher-Masoch


Música e Literatura sempre andaram juntas. Lolita Pille e The Gathering. Stephen King e Ramones.  E cinema também. Geração Prozac me fez ir atrás dos discos do Lou Reed, Garotos Incríveis transformou Things Have Changed do Bob Dylan em uma das que mais amo. Venus in Furs do The Velvet Underground é minha música preferida. Isso por causa do filme Últimos Dias.  Escrevi uma newsletter sobre isso. 

Quando jovem, eu tinha uma leve queda por obsessões. Leve não, eu vivia em função do que eu estava obcecada no momento. Venus in Furs foi em 2007. Eu passava horas lendo a respeito da música, até que descobri que ela tinha sido baseada em livro de mesmo nome, do austríaco Leopold von Sacher-Masoch. Uns anos depois ganhei meu exemplar, publicado pela Editora Hedra, com tradução de Saulo Krieger. 



Já o li umas três vezes. Comprei a biografia do Masoch (há mais de dez anos, risos nervosos) e minha ideia é reler o romance para acompanhar a leitura da biografia. Ah, vi que existe uma nova edição publicada pela L&PM, com tradução de Renato Zwick. 

Algo do livro, por sua vez, veio da pintura Venus with a Mirror, do italiano renascentista Titian. Ela foi a inspiração da imaginação de Severin, protagonista do livro de Masoch. 


Todo o mundinho Venus in Furs me encanta. Eu tinha feito uma playlist com todas as versões da música e me arrependo de ter deletado. Eu sou viciada em deletar coisas. Mas enfim, pretendo refazê-la em algum momento (edit: refiz). Essa versão dela ao vivo é uma das coisas mais lindas que já vi na minha existência. Acabei de descobrir isso nos relacionados e estou obcecada. O Electric Wizard tem uma música com esse nome, mas não é cover. 

Sobre cinema, também tem um monte de filme com esse nome que não tem nada a ver com o livro. Um exemplo é o longa do Jesús Franco que tem o Klaus Kinski, demônio que mais amo. Acho que já o vi, mas não lembro direito. 

Agora eu tenho uma newsletter de cinema e pretendo ver adaptações do romance do Masoch para escrever lá. Tem um de 2013 do lixo do Polanski, que eu me recuso a ver de novo. Eu já vi essa versão de 1994. Na época eu tinha um fotolog de cinema e ele foi denunciado por causa do pôster. Descobri mais quatro: uma de 1967, uma de 1969, uma de 1985 e uma de 2012. Agora é contar com a sorte de achar todos. 

Enfim, deu vontade de falar um pouco dessa obsessão que já dura 17 anos. Em breve apareço na newsletter falando dela. E aqui apareço quando bater alguma inspiração, que anda bem rara. 



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